Comprar e vender ou vender e comprar?

Eis a questão…

Na minha opinião, vender primeiro e comprar depois. Sem dúvida!

Muitas pessoas encontram-se nesta situação de quererem mudar de casa mas para comprarem uma nova, primeiro têm que vender a sua. Às vezes há disponibilidade para darem uma entrada (por exemplo de 10%) e fazerem o CPCV (Contrato de Promessa de Compra e Venda) para reservarem a casa, outras vezes nem por isso. Nas duas situações e tendo em conta o mercado de HOJE, aconselho sempre os meus clientes a venderem primeiro. Mas venderem primeiro ao ponto de nem sequer verem muitas casas antes de terem a disponibilidade financeira para avançarem para uma compra. Se aparecer A CASA dos sonhos, é bem provável que os proprietários recebam várias propostas e não aceitem ficar à espera de uma hipotética venda que pode acontecer ou não, para fazerem o seu negócio.

Assim, diria que (e por mais confusão que possa fazer, não saber ainda para onde se vai viver quando se vende a casa própria) quem vende primeiro e só depois compra:

  • Vende a sua casa em alta, isto é, não está pressionado para fazer o negócio rapidamente e por isso está menos permeável a baixas de preço;
  • Quando recebe o sinal para CPCV tem a promessa de que vai escriturar dentro de um prazo definido e por isso passa a ter disponibilidade financeira para avançar para a nova casa e até está em condições de definir na proposta, provável data de escritura, pois já sabe em que data vai vender a sua casa;
  • Na posição de proprietário (que é NESTE MOMENTO DO MERCADO a posição de maior poder) pode aceitar fazer o CPCV numa data e definir que a data de escritura acontece apenas dentro de 3 ou 6 meses (ou o que for). É muito mais fácil quem está a comprar aceitar estes prazos, do que quem está a vender.

Do lado inverso, quem está a comprar mas ainda não vendeu:

  • A disponibilidade financeira que têm pode não ser suficiente para um bom sinal, o que pode deixá-la em desvantagem na apresentação de uma proposta;
  • Quando faz a proposta e CPCV, pode fixar a data de compra, mas é um risco enorme. Se a casa não se vender nesse prazo, a pressão aperta e surge a necessidade de baixar preço até que haja alguém que a compre. Pressionadas, as pessoas aceitam vender pois já se comprometeram num CPCV com um sinal, que podem perder;
  • Dificilmente encontrará um proprietário que aceite tamanha indecisão do negócio e aceite ter este risco, sobretudo porque no momento que vivemos é comum haver várias propostas, e é só escolher a melhor.

Por todas estas razões e muitas outras, no momento de mercado que vivemos, diria que o melhor é sempre fechar um CPCV com um sinal na venda da nossa, e então depois partir para as visitas e avançar com segurança para a nova casa. Não há nada pior do que nos vermos de corda ao pescoço… 😉

Bom fim-de-semana!

 

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